"Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para constatar, constatando intervenho, intervindo educo e me educo. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar ou anunciar a novidade."
Paulo Freire (Pedagogia da Autonomia)

domingo, 31 de maio de 2009

Aluno Digital, Professor Analógico

Há pouco tempo atrás, antes de se falar tanto em informática na educação, era dever de todos os professores, buscarem o conhecimento adquirido de cada aluno, ou seja, a bagagem intelectual que cada aluno traz do seu cotidiano, trazer estas informações para sala de aula e relacionar o conteúdo com o conhecimento que o aluno já possuía. Hoje em dia o professor além de continuar trabalhando desta forma ele tem mais um item para investigar: O que seu aluno conhece de informática? Ele tem acesso a computador e internet? O que ele pesquisa? O que ele joga? Que comunidade virtual faz parte? Esta é uma realidade da qual não se pode fugir pois mesmo em escolas de bairros menos favorecidos noto que a maioria dos alunos tem computador e internet e os que não tem freqüentam lanhouse.
Com isso temos alunos antenados que lidam com informações em tempo real, que se comunica com pessoas de qualquer lugar do mundo. Como colocar a matéria que lecionamos em disputa com o mundo virtual de nossos alunos? Como tornar nossas aulas tão interessantes quanto a tela de um computador? Essas respostas são difíceis de serem dadas, mas o caminho para elas é através de troca de experiências, de cursos, de pesquisas e de leitura, muita leitura.
Analisando a escola na qual leciono percebo que o problema maior são os profissionais avessos à tecnologia. Digo profissionais para englobar toda a escola, mas os professores e os coordenadores (que são pedagogos) são as peças fundamentais. Nossas coordenadoras são “analógicas” e não mostram interese pelas NTICs, desta forma como podem cobrar, orientar ou estimular os professores a usarem os recursos tecnológicos em suas aulas?
Assim os professores que não tem interesse pelas NTICs não se sentem cobrados ou estimulados a buscar o conhecimento e a atualização continuando estagnados.

Outro problema é a burocracia, os professores fazem chamadas todos os dias, anotam diariamente em todos os seus diários o que foi dado naquele dia, naquela sala... etc... E enquanto nós professores continuarmos engessados a educação não terá grandes avanços.
Elaine P. Gotardo Soares

2 comentários:

  1. É... Realmente não pe nada fácil, mas infelizmente é compreensível... Se tivéssemos uma formação inicial adequada e um incentivo maior à formação continuada, alguns desses problemas poderiam ser sanado mais rapidamente... Não quero dizer que devemos nos conformar e aceitar, mas é que estou fazendo uma pesquisa no curso de Pedagogia e percebo que as futuras professoras não tem contato nenhum com as práticas da sala de aula, o que as torna inseguras para trabalhar de uma forma diferente daquela que todos nós já conhecemos...

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  2. Juliane, há muitas falhas em todos os cursos que formam professores e pedagogos,mas temos tbm excelentes profissionais trabalhando para mudar essa realidade. Demora,mas acredito na mudança.

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