"Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para constatar, constatando intervenho, intervindo educo e me educo. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar ou anunciar a novidade."
Paulo Freire (Pedagogia da Autonomia)

sábado, 31 de julho de 2010

Estudos sobre SIMAVE (Sistema Mineiro de Avaliação da Educação Pública)

Sobre o papel do professor e da escola:

O papel da escola é o de sistematizar e organizar o conhecimento da Matemática por meio de uma proposta pedagógica. Ou seja, dar suporte ao professor sempre que se fizer necessário.
Já ao professor cabe implementar ações pedagógicas para possibilitar a aquisição de competências e habilidades dos alunos. Essa é a chave do processo de ensino aprendizagem.
Para identificar quais habilidades já foram consolidadas, quais estão em desenvolvimento e quais ainda não foram consolidadas pelos alunos, se faz necessária a avaliação interna (avaliação que o professor elabora e aplica).
É para facilitar e orientar o professor nesta avaliação interna que é preciso conhecer e, principalmente, fazer uso dos DESCRITORES presentes na Matriz de Referência para Avaliação Matemática.
Os descritores servem para descrever uma habilidade, eles avaliam o conteúdo programático e o nível de operação mental necessário para a aprendizagem.
A Matriz de Referência é direcionada pelo CBC (Conteúdo Básico Curricular) que é muito amplo e se espelha nas diretrizes do ensino cujo desenvolvimento deve ser obrigatório para todos os alunos. Sendo assim, a Matriz de Referência deve servir ao professor como uma bússola do que será avaliado.

Diferença entre avaliação interna e avaliação externa:

Na avaliação interna, o objetivo é avaliar o desempenho dos alunos, para isso pode-se utilizar diversos instrumentos: trabalhos em grupos ou individuais, provas com questões de múltipla escolha ou abertas, dramatizações, observações, relatórios, dentre outros. O foco da avaliação interna é o próprio aluno.
Já a avaliação externa não é feita pela escola e também é chamada de avaliação em larga escala, neste sistema avalia-se a escola tendo por unidade de medida o desempenho dos alunos, geralmente em Língua Portuguesa e Matemática. O resultado dessa avaliação, ao longo do tempo serve para gerar subsídios para políticas educacionais, acompanhamento da qualidade da educação ofertada e, a meu ver, o mais importante: iniciativas pedagógicas dentro das escolas.

A análise dos Testes

As respostas dos testes geram uma grade quantitativa de informações que são transformados em resultados de desempenho para que possam ser analisados qualitativamente. É montada, com os dados obtidos, uma base de dados que permite fazer o tratamento estatístico das respostas dos itens utilizando os procedimentos da Teoria da Resposta ao Item – TRI. Todo esse processo possibilita gerar para cada aluno uma medida de suas habilidades, denominada proficiência.

Análise dos Resultados

Os resultados são apresentados de quatro formas diferentes:

1º - No Quadro das Médias de Proficiência, é apresentada a média de proficiência de sua escola. Este quadro permite a comparação da média e a avaliação da participação de cada escola e também comparar a média da escola, a média do município, da Superintendência Regional de Ensino (SRE), do Estado e do País.

2º - O Gráfico de Evolução permite que se avalie a evolução das médias de Proficiência da escola e da rede estadual ao longo das ultimas avaliações do Simave/Proeb.

3º - Nos dois gráficos do Percentual de Alunos por nível de Proficiência, encontra-se a distribuição dos alunos ao longo das faixas de proficiência no Estado e na escola em questão. Esses gráficos permitem identificar a quantidade de alunos que estão nos níveis de Desempenho Baixo, Intermediário e Recomendado. Essa informação é importantíssima para estudar os Perfis de Desempenho.

A Escala de Proficiência

Uma escala é a expressão de medida de uma grandeza, é uma forma de apresentar resultados com base em uma espécie de régua com critérios próprios. A Escala de Proficiência é um mapa que orienta o professor em relação às competências que seus alunos desenvolveram.
Na Escala de Proficiência, os resultados da avaliação são apresentados em níveis, revelando odesempenho dos alunos do nível mais baixo ao mais alto. A Escala de Proficiência em Matemática do Simave/Proeb varia de 0 a 500 pontos, de modo a conter, em uma mesma “régua”, a distribuição dos resultados do desempenho dos alunos no período de escolaridade avaliado.



Escala de Proficiência Animada

A Escala de Proficiência em Matemática é composta por quatro domínios: Espaço e Forma; Grandezas e Medidas; Números, Operações e Álgebra; Tratamento da Informação.
Cada um dos domínios se divide em competências que, por sua vez, reúnem um conjunto de habilidades que são apresentadas por meio dos descritores da Matriz de Referência. A diferença de cores que uma mesma competência apresenta, indica os diferentes níveis de complexidade das habilidades desenvolvidas.

Fonte: SIMAVE/CAEd (29/07/10)

domingo, 30 de maio de 2010

Sou Especialista, será que viro Mestre? Quem sabe...

Recebi um convite de um amigo, professor de matemática como eu, para fazer parte de um grupo de estudo para pleitear uma vaga no Mestrado de Matemática.

Relutei um pouco, não sei se por preguiça, se por medo (da responsabilidade), mas uma coisa é certa, estou cansada da matemática que vivencio, já há seis anos, lecionando para os 7º anos do E.F. me sinto enferrujada.

Faz tempo que venho num processo de querer "voar", querer estudar, me aperfeiçoar, não aguento mais ensinar Números Inteiros.

Então, depois de me analisar, resolvi aceitar o convite para o grupo de estudo. Comprei o livro de Análise do Professor Elon (o livro grosso) e comecei a estudar. Não demorou muito para perceber que os meus 10 anos pós formatura sem me dedicar efetivamente os estudos, como era de meu costume fazer, me deixaram realmente enferrujada.

Mas não desisti, sei que o grupo de estudos visa o mestrado em Matemática e confesso que esse não era exatamente o meu objetivo, pois estava pensando no mestrado em Educação ou voltado para Tecnologias na Educação.

De qualquer forma estou muito entusiasmada com essa chance que estou me dando, independente de fazer ou não mestrado. Estudar é muito bom, é revigorante, prazeroso e estudar matemática é ...LINDO!

Hoje estava dando uma “sapeada” no Blog Bit e Byte do Professor Carlos Valente e uma postagem recente me chamou a atenção:        O Último Teorema de Fermat !!

Se você pensa que as coisas estão difíceis, e pensa em desistir, assista o documentário que conta a história de como o Matemático Andrew Wiles conseguiu resolver o Teorema de Fermat , detalhe: este Teorema levou mais de 350 anos para ser resolvido e o mais incrível é que esse Matemático é do nosso tempo, o teorema de Fermat foi resolvido em 1994 depois de 7 anos árduos de estudos.

Para saber mais sobre Andrew Wiles e o Teorema de Fermat basta clicar no endereço abaixo:

sexta-feira, 19 de março de 2010